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O valor feminino para o mercado de trabalho
O assunto mercado de trabalho e mulheres não poderia ficar de fora de nosso blog neste mês de comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
É crescente o reconhecimento dos direitos da mulher no âmbito familiar, em seu papel na sociedade e também nas empresas. Mas os desafios ainda são gritantes, evidenciando a urgência em avaliarmos o papel das organizações e também das profissionais. No centro desta análise deve estar a seguinte reflexão: o quanto estamos preparados para um mercado de trabalho mais inclusivo às questões do gênero feminino?
De antemão, vale ressaltar que a luta social das mulheres está, muitas vezes, ainda em patamares básicos como proteção contra violência e o assédio. Mas é, geralmente, nas questões de equidade salarial que o diálogo com as empresas mais se faz necessário.
Desta forma, é um erro as organizações fingirem que o problema não existe. Tão pouco devem negligenciar sua postura, pois a influência em seus resultados de negócio e na imagem corporativa são inegáveis.
Atualmente, ser uma empresa que respeita as questões de gênero significa estar em consonância com boas práticas de governança. Nesse sentido há uma infinidade de iniciativas positivas que as empresas podem desenvolver para participar deste engajamento.
Como é o mercado de trabalho para as mulheres?
De acordo com dados do IBGE (2018), o salário médio das mulheres corresponde a 79,5% do rendimento do trabalho dos homens. Além disso, apenas 38% dos cargos gerenciais é ocupado por mulheres.
Outro dado, também do IBGE, diz respeito à dupla jornada de trabalho. Na análise do Instituto, a jornada semanal das mulheres dura em média 3,1 horas a mais do que a dos homens. Isso acontece pela sobrecarga de trabalho doméstico, que inclui os cuidados com os filhos e o lar.
Como as empresas podem contribuir para a equidade de gênero?
Definitivamente, os dados acima expostos ajudam a entender em números os motivos e os reflexos desta desigualdade.
Um primeiro passo simples para as empresas executarem é garantir igualdade salarial e de oportunidades para liderança feminina. Ao tornar estas práticas uma diretriz de suas políticas de gestão de pessoas, as empresas já passam a contribuir por mais equidade. Além disso, podem contar com os benefícios da inclusão em seu ambiente de trabalho.
Tais benefícios já falamos no texto sobre Diversidade nas empresas. De qualquer forma, podemos ressaltar que um deles é poder contar com valores como empatia e diferentes visões de mundo para uma estratégia de negócios.
A palavra de ordem é “desconstrução”
Se tem uma coisa que incomoda muitos movimentos de reconhecimento social são os clichês. No caso da luta feminista, termos como “guerreira” ou “multitarefa”, embora tenham as melhores intenções de enaltecer suas vitórias, podem ter uma conotação negativa. Segundo as especialistas, jargões como estes acobertam um mito de que existe uma “força feminina nata”.
Mas será que as mulheres seriam multitarefas se não tivessem seu mérito constantemente questionado pela sociedade? Comentários sobre como uma mulher alcançou determinada posição na empresa ou associar seu comportamento a de um homem são inadequados. Neste caso, a desconstrução está em entender que tais atitudes colocam em xeque a capacidade feminina em detrimento da masculina. Vale a seguinte reflexão: se determinada atitude fosse tomada por um homem eu diria ou questionaria da mesma forma?
Quais são os valores femininos para o mercado de trabalho?
Fugindo dos clichês é possível identificar que a necessidade de adequação à diversas responsabilidades desde muito cedo possibilitou às mulheres desenvolver uma formação profissional diferenciada. Então, se há um lado bom deste cenário é que sim! As mulheres podem e devem aplicar a seu favor suas competências. Vamos conhecê-las?
Visão sistêmica – a capacidade de pensar no todo pode garantir às mulheres um bom desempenho. Ela pode ser valiosa, por exemplo, em cargos de liderança ou em funções cuja atenção e o senso de responsabilidade são altamente necessários.
Comprometimento – característica comumente percebida nas mulheres no ambiente profissional, o comprometimento é benéfico tanto para demandas de prazos e tarefas quanto para a liderança de equipes.
Participação ativa – esta habilidade profissional muito vista entre as mulheres é, possivelmente, herança de mais um comportamento social de precisar prevenir problemas. O fato é que as mulheres têm bom desempenho em tarefas ou funções que exigem proatividade.
Autoconhecimento – cada vez mais notamos que uma sociedade machista é prejudicial também para os homens. Esta lógica é bem clara quando cogitamos o autoconhecimento como uma habilidade pessoal e profissional a ser desenvolvida. Enquanto para os homens apostar no autoconhecimento é tabu, para as mulheres é a oportunidade de ressignificar muitos conceitos.
O futuro do mercado de trabalho para as mulheres
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) até o ano de 2030 a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro será mais expressiva. Com estimados 64% de participação as mulheres serão maioria nas atividades econômicas e profissionais.
Mas a transformação digital aparece como mais um desafio a ser vencido pelas profissionais neste futuro breve. Isso porque, de acordo com um estudo da McKinsey, entre 40 milhões e 160 milhões de mulheres terão de mudar de carreira. O estudo aponta que a mudança na próxima década está relacionada a automação de diversas áreas.
O levantamento avalia ainda que a mão de obra feminina, atualmente concentrada em funções de atendimento, já estão sendo automatizadas. Por isso, um caminho para elas é pensar em profissionais ligadas à Tecnologia.
Assim como a Tecnologia, outras áreas de predominância masculina, como Engenharia e suas vertentes, Cultura e Entretenimento como games, podem ser ocupadas por mulheres. Desta forma, ter mais mulheres ocupando novos espaços deverá ser um caminho natural.
Por outro lado, chega a ser instigante o quanto essa “ocupação feminina” tem caráter de noticiabilidade. Um bom exemplo disso é o episódio muito bem produzido pelo podcast Café da Manhã, da Folha de S. Paulo, sobre as “Mulheres na Ciência”. Entre outras abordagens, a reportagem procura elucidar o que falta para que a produção científica das mulheres tenha mais reconhecimento.
Pelo visto ainda teremos muitos marços de reflexão acerca dos desafios para as mulheres no mercado de trabalho. No entanto, duas questões são importantes. A primeira é que os avanços já conquistados precisam ser valorizados, e o segundo é que os passos futuros exigem uma constante capacitação.
Por fim, é importante pensar que se empresas e mulheres profissionais querem ampliar esses avanços, o caminho passa obrigatoriamente por pensar no como fazer. Neste sentido, a StautGROUP, enquanto incentivadora do conhecimento profissional e corporativo, acredita que este movimento perpassa vários caminhos. Tais caminhos são desafiadores, mas plenamente viáveis e incluem o (re)pensar da cultura organizacional e a aposta na preparação individual de cada profissional.
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