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Quociente Espiritual (QS) e corporativismo: inteligência espiritual para carreira e negócios
Com certeza você já ouviu falar sobre QI (Quociente de Inteligência). Muito provavelmente sabe o que é QE (Quociente Emocional). Mas conhece o QS, ou quociente espiritual?
Não dá para dizer exatamente que o termo é recente, mas ainda é pouco difundido. Em um momento de liberdade e diversidade, falar de espiritualidade no ambiente corporativo ainda pode ser encarado como tabu.
Mas, segundo a filósofa e física Dana Zohar, especialista de destaque no assunto, a Inteligência Espiritual não é apenas benéfica para as empresas, mas necessária para que as companhias sobrevivam no futuro, em um contexto de “novo capitalismo”.
Explico: inteligência espiritual está intrinsicamente ligada a propósito de vida. Seja a vida de um chefe, de um colaborador e até mesmo de um negócio.
Zohar, se formou na Universidade Harvard e tem pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT). Seu currículo também inclui a Universidade de Oxford (Inglaterra), neste caso como professora.
Estamos, portanto, falando de uma acadêmica, de uma referência intelectual, não de qualquer guru espiritual cujo conhecimento é empírico.
A maior contribuição da norte-americana sobre o assunto é o livro QS Inteligência Espiritual, escrito em parceria com o psiquiatra Ian Marshall e traduzido no Brasil em 2010 pela editora Record.
Inteligência espiritual não está relacionada a religião
Ok, temos uma expert falando sobre espiritualidade, não sobre religião. Mas o que é, propriamente, quociente espiritual (QS)?
A inteligência espiritual foi categorizada como um terceiro tipo de inteligência, descoberta e discutida cientificamente após a inteligência racional e a inteligência emocional.
Enquanto a inteligência racional se encarrega de resolver questões de forma lógica e a inteligência emocional diz respeito à maneira como empregamos nossas emoções ao resolver desafios, a inteligência espiritual está ligada à decisão de quais desafios valem ou não a pena serem enfrentados de acordo com o propósito de cada um.
Vamos supor que você esteja em um cenário de conflito. Nesse contexto, o QI te apontaria a saída estratégica que te causasse menos ou nenhum dano. O QE te mostraria o equilíbrio entre tranquilidade e desespero para lidar bem com a situação. E o QS te perguntaria: lutar nessa guerra faz sentido para o que você espera de sua existência?
É a inteligência espiritual, portanto, que leva o indivíduo a desenvolver valores éticos e crenças que irão impulsioná-lo pessoalmente, profissionalmente e, de maneira geral, criativamente.
Segundo Zohar, a inteligência espiritual “fala da alma”, e esse é o principal ponto que a diferencia de qualquer religiosidade. É mais sobre o propósito existencial individual e menos sobre dogmas, tradições coletivas e até mesmo fé.
Como aplicar a inteligência espiritual no mundo corporativo?
Procurar entender a razão pela qual as situações se dão e as conexões entre acontecimentos, buscar refletir sobre as próprias ações e assumir responsabilidade por elas, ser honesto consigo e ter coragem para mudar o que foge ao seu propósito maior são alguns comportamentos que fazem parte da jornada espiritual.
Essa busca por um sentido existencial puramente pessoal dialoga com o corporativismo de maneira simples: colaboradores cujos propósitos individuais estão alinhados com os propósitos coletivos da empresa trabalham inspirados.
A criatividade, engajamento e performance aumentam à medida em que aquela pessoa – seja ela a dona da empresa, um chefe ou funcionário – trabalha com a convicção de que aquele esforço está consoando com um objetivo maior do que apenas gerar lucro. Para atingir àquele propósito, dedicar tempo e energia torna-se natural e prazeroso (por isso, menos estressante também).
Dessa forma, espiritualidade nos negócios corresponde a buscar, identificar e desenvolver conscientemente um sentido mais profundo de existência, de propósito relacionado à comunidade local e ao mundo.
Afinal, buscar o sentido da vida não vem sendo uma das principais questões da humanidade, desde os tempos de Sócrates? Quando não encontramos um propósito (ou qual é a “missão neste mundo”) além do dinheiro e consumo, acontece o vazio conhecido como crise existencial, cada vez mais comum no mundo moderno.
As pessoas questionam sua importância no mundo, diminuem suas escolhas de profissão, põem em xeque relacionamentos e duvidam de padrões comportamentais que seguiram até o momento.
Quociente Espiritual como ferramenta de negócios mais promissores
No mundo corporativo, a crise existencial se reflete em empresas que buscam o lucro imediato sem pensar nas pessoas envolvidas direta ou indiretamente, sem considerar a comunidade, a sustentabilidade e o meio ambiente.
Neste modelo econômico atual, no fim do dia as empresas empregam com práticas predatórias que afetam todo o ecossistema onde estão inseridas, incluindo o uso irresponsável de recursos naturais, condições de trabalho duvidosas (seja do ponto de vista do ambiente físico ou emocional) e desigualdade social.
A partir desta realidade, um novo mindset de negócios está aparecendo, seja em novas companhias ou desenvolvidos nas já tradicionais.
No futuro, o que Zohar chama de “novo capitalismo”, serão bem-sucedidas as empresas cuja visão a longo prazo incluam a proteção dos recursos naturais e pessoais: empresas “que se preocupam, sim, com o lucro, mas que querem ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atuam, proteger o meio ambiente, propagar educação e saúde”.
O McDonald’s já trabalha com iniciativas correspondentes ao mindset pautado no QS. O VP de Estratégia Global Mats Lederhausen iniciou projetos como a distribuição gratuita de vacinas antipólio na África, a luta contra plantações geneticamente modificadas, o uso de gaiolas maiores para galinhas e um trabalho para restaurar ecossistemas danificados, por exemplo.
Da mesma forma, temos o exemplo da indiana Amul, que atua na distribuição de leite. A empresa compra diariamente leite de camponeses cuja produção vem de uma única vaca e com isso inclui pequenos produtores e pessoas de baixa renda na competição com grandes fazendeiros.
Ajuda profissional para a busca dos propósitos na carreira e gestão de pessoas
Tanto a trajetória profissional de um indivíduo quanto a gestão do RH das empresas podem precisar de apoio especializado para identificar e desenvolver seus propósitos, traduzidos em objetivos profissionais e missão corporativa, respectivamente.
A StautGROUP tem como propósito colaborar com o desenvolvimento de carreiras e companhias através da valorização das pessoas e vem realizando tal missão há mais de 20 anos.
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